domingo, 19 de junho de 2011

"Eu sou a luz das estrelas, Eu sou a cor do luar"

"Eu sou a luz das estrelas, Eu sou a cor do luar"


E no desejo de estar acima de mim mesmo,
Se faz o meu caminho e o meu enterro,
Um olhar estranho, vindo de mim,
Atravessa toda a Terra num raio sem fim.

Onipotência, onipresença, onisciência,
Através de todos os corações,
Sinto o brilho do amor e a escuridão do rancor,
Sinto o olhar amável e a palavra zangada.

Observando tudo de longe, com meus olhos de águia,
Nada foge de meus olhos, tudo está sobre minha atenção,
Mas como preço disso, me esqueço de meu coração,
Mudança espontânea e repentina que me arranca todo o apego.

No meio do nada, ainda escuto as vozes, sorrisos e lágrimas,
Em um espelho a imagem refletida é o meu plano de fundo,
Sem um rosto e sem uma face sem mesmo olhos para que chorasse,
Ao mesmo tempo que de tudo cuido, estou fora do tudo.

Momento de ilusão de ter sido parte de minha própria criação,
Momento de desgrudar de minhas prórias correntes,
Momento de viver minha nova vertente,
Acordo de meu sonho onde sinto meu coração e meu calor ardente.

4 comentários:

  1. Maravilhoso. Tava completamente inspirado, cara.
    Parece até um relato de expansão da consciência.

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  2. Muito bom. Parece o Criador e a criatura falando sobre si mesmo ao mesmo tempo.

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  3. MAGNÍFICO \õ Rafael como sempre arrasando com seus textos maravilhosos :D

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