sábado, 27 de junho de 2015

Transcendência

Transcendência

Onde estou? Onde vou?
Será um lugar melhor?
Longe de tudo aquilo
Que me fez crescer?

Mais uma vez, ruim ou bom?
E a relatividade gritante
É uma porta reconfortante
Entre o agora e o além.

Mas será que isto me convém?
Seriam os sonhos uma chave?
Para ir até o aeroporto etéreo
E viver a minha própria clave?

Carregando a melodia estranha
Que implora pelas lembranças
Que atravessa o tempo da vida
E traz os desejos de criança.

Caminhar por estradas iguais
Entre destinos diferentes
Onde "so" tem mil leituras
E eu não posso compreender.

Desviando da máxima do norte
Rumo ao acaso e à sorte.
Eis que a decisão é tomada
E nada mais muda, nada mais.

Todas as respostas são encontradas.
Todas as perguntas dissolvidas.
Todas as vidas muito bem vividas.
Todas as mortes experimentadas.

Depois de buscar incansavelmente
E aprender todas as minhas claves
E tocar todas as minhas melodias
O que devo agora fazer?

Onde estou? Onde vou?
Será um lugar melhor?
Longe de tudo aquilo
Que me fez morrer?