sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Garota de Preto

A Garota de Preto


A garota de preto andava pela rua 13,
Sem rumo e sem caminhos,
Ela apenas anda,
Atravessa aquela bela pontezinha.

Do outro lado mais um pouco de nada,
Mais choro sem lágrimas,
Mais gritos sem voz,
Mas sussurros sem corpos.

Apenas uma cidade vazia, fantasma,
Sem história pra contar,
Com um habitante somente,
Uma garota de preto e carente.

Em suicídio ela pensa,
De volta à pontezinha,
Abaixo, um lago sem água,
Seco, assim como suas lágrimas.

Entre dias e noites,
Ela sorri quando vê as estrelas,
Talvez seja o único momento que isso aconteça,
Com um desejo tão puro "tomara que isso permaneça".

Desejos, sonhos...
Já era hora de dormir,
Sua noite são de sonhos sombrios,
E já ao dia com o Sol lhe acordando tudo se apaga novamente.

Lua, tão bela, por que há de sempre me abandonar ?
Por que há de sempre de me fazer chorar ao acordar ?
Ela sempre dizia todas as manhãs.

Ela dizia todas as manhãs...

"Será em algum dia distante,
Os sonhos da noite deixariam de me mostrar um paraíso sombrio ?
Será que em algum sonho ainda veria um paraíso que não seja cinza ?
Será que um dia verei o paraíso e estarei sã ?"

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